Sem querer, uma grande fotografia.Raio X

26-12-2010 13:50

 

                A moda em 1895 era realizar experiências em tubos de raios catódicos, W. Rontgen, holandês, professor na Universidade de Vurtzburgo seguia essa tendência que mais tarde lhe iria valer uma fabulosa descoberta.

                Em Novembro de 1895 foi a altura em que o professor Rontgen fez uma observação extraordinária de forma inadvertida. Ele encontrava-se a operar num tubo de raios catódicos diversas experiencias e, por alguma razão, decidiu cobrir o tubo com uma caixa de cartão e apagar a luz da sala onde se encontrava. A obscuridade era certamente para facilitar a observação experimental. Encontrava-se a uma certa distância do tubo uma folha de papel tratada com uma substância de propriedades fluorescentes que era usualmente usada como ecrã. No decorrer da experiencia, qual foi a sua grande surpresa quando reparou que a folha fluorescente do ecrã emitia luz.

                A única explicação plausível era a de existir uma outra radiação desconhecida, com origem no tubo de raios catódicos, capaz de atravessar o cartão que o envolvia e incidir no ecrã. Rontgen colocou alguns objectos entre o tubo e o ecrã de modo a certificar-se da natureza penetrante da radiação e todos se mostraram transparentes, continuando o ecrã a emitir luz. Ao colocar a sua mão entre o tubo e a folha, para seu grande espanto e admiração, viu o contorno dos seus ossos desenhados no ecrã!

                Tempos mais tarde, conseguiu fixar as imagens com o auxílio de chapas fotográficas sensíveis a este novo tipo de radiação. A fotografia dos ossos da mão gerou um forte impacto nos meios científicos e no público em geral, que facilmente se compreende. Chamou-se Raios X a este novo tipo de radiação altamente energética.