O poder da energia nuclear.

25-01-2011 23:03

 

                A física marca uma importante época do século XX, quando nos lembramos do cogumelo de Hiroxima, lembramo-nos de um capítulo negro da nossa história, e infelizmente, coincide com uma descoberta de grande importância.

                Nos anos 30, os físicos depararam-se com a quantidade exorbitante de energia contida no núcleo do átomo, logo após uma serie de experiencias no sentido de sondar o átomo. Esta nova fonte de energia, a energia nuclear, marca o culminar de sérios conflitos da civilização, e o inicio de inúmeros preconceitos por parte dos Governos e da população perante os cientistas.

                Apenas duas explosões chegaram para por fim a mais de 140 000 vidas, contudo, a construção de armas nucleares era de todo um acontecimento inevitável. Ao serem desvendados os princípios físicos que servem de base à sua criação, não alimentemos falsas esperanças, se não tivesse sido detonada a bomba atómica sobre o Japão em 1945, teria sido em outra ocasião, num outro conflito.

                Todo o rol de acontecimentos após a detonação das duas bombas nucleares mudou de forma peremptória a relação da física com a sociedade. Os Governos mundiais tomaram consciência de como a ciência, desde que bem organizada e composta por cientistas bem preparados, podia realizar inúmeras fantasias.

                O “Projecto Manhattan”, que resultou no desenvolvimento da bomba atómica, foi para a maioria da população mundial o primeiro contacto com a física do átomo. Tal acontecimento contribuiu para que o cidadão comum associe à energia nuclear e a física quântica, de forma consciente ou não, medo e um alto grau de desconfiança, até mesmo rejeição. Olham para a ciência como maldita e fonte de grandes problemas globais.

                Dois aspectos sobressaem da energia nuclear: a falta de conhecimento acerca da matéria para a maioria das pessoas e o receio sentido pelo poder destruidor revelado nas armas nucleares.          

                Actualmente, os físicos dos quanta apenas servem para desempenhar duas funções perante o olhar da maioria da população, ou constroem centrais nucleares prejudiciais para o ambiente, ou constroem armas nucleares de destruição maciça. Nem as pacificas utilizações da energia nuclear na produção de corrente eléctrica serviram para serenar o mal-estar entre a sociedade e a física quântica.

                Geralmente desconhecida, com excepção de certos sectores nos países desenvolvidos, a investigação e pesquisa dos constituintes básicos da matéria e as leis fundamentais que regem as suas interacções, desde há muito tempo que se distanciaram da energia nuclear aplicada aos avanços tecnológicos. Esta situação fica a dever-se a um défice de cultura cientifica generalizada na maioria dos países e à ausência de aplicações práticas neste ramo da física.